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Clipping – Jornal do Comércio – One Imóveis de Luxo mira na retomada do mercado de alto padrão
09 DE MARçO DE 2020


Mesmo no período de queda do setor da construção civil, o mercado de imóveis de luxo se manteve estável. Ainda que o segmento não tenha sentido um impacto tão forte, a queda na taxa Selic e o fomento ao crédito imobiliário são as apostas do setor para estimular ainda mais as vendas de alto padrão em 2020. De olho nesse potencial, a One Imóveis de Luxo, fundada em 2014, aposta na qualificação de suas instalações e planeja investir mais de R$ 2 milhões em infraestrutura e tecnologia em sua nova sede, em Porto Alegre.

Para o CEO da companhia, Cristiano Cruz, a One reúne três características essenciais para atuar no mercado de luxo: qualificação, excelência e inovação. Cruz, formado em Ciências Imobiliárias e em Direito pela Unisinos, já conta com 30 anos de experiência no mercado imobiliário e foi um dos responsáveis por fundar a Noblesse Consultoria Imobiliária, além de ter sido sócio da imobiliária Brasil Brokers.

Empresas & Negócios – O que é indispensável para um imóvel ser considerado de luxo?

Cristiano Cruz – A localização é muito importante. Para um imóvel ser considerado de luxo, precisa estar em uma área nobre. Além disso, existem outras características importantes, como a assinatura de um arquiteto ou designer renomado, o tipo de acabamento e o conceito que o empreendimento traz. O imóvel de luxo não precisa necessariamente ser um imóvel milionário. Um apartamento compacto, de um quarto, em um prédio bem localizado e com um acabamento refinado pode atender aos princípios do imóvel de alto padrão. Muito do que define o valor é a localização, uma vez que não adianta a construção ser excepcional e estar em uma área que não seja nobre, porque assim não se consegue agregar valor. Nós atuamos também na Flórida (EUA) e lá o que define o valor do metro quadrado é a localização em relação às escolas públicas de alto nível. Como lá a matrícula prioriza alunos que morem próximos à escola, as pessoas preferem financiar um imóvel de maior valor agregado que pagar a mensalidade da instituição privada. Além disso, alguns itens são primordiais em um imóvel de luxo de valores elevados, como dois closets e dois banheiros, no modelo “ele e ela”, uma área social ampla para receber convidados e uma excelente infraestrutura.

E&N – Quais serviços são comumente oferecidos em um imóvel de luxo?

Cruz – Alguns serviços são mais tradicionais, como portaria 24 horas, piscinas externa e interna, sala de motorista, porte-cochère (acesso de carros na entrada principal que permite receber pessoas em uma espécie de recepção, sem necessariamente adentrar à propriedade) e o acabamento refinado. Hoje, há uma grande preocupação com o acabamento, inclusive nas garagens, trazendo piso em epóxi e pensando na inclinação dos acessos para que os carros esportivos, normalmente mais baixos, não encostem na rampa. O paisagismo também tem que ser impressionante. Outra característica que preocupa os compradores é o imóvel ser sustentável e ecologicamente correto.

E&N – Qual o perfil de comprador de um imóvel de luxo?

Cruz – Normalmente, os compradores têm entre 35 e 50 anos, faixa etária em que a pessoa está muito ativa profissionalmente, e quer uma moradia com infraestrutura e comodidade ou então busca algo que seja mais confortável e conveniente para a família, caso da proximidade com escolas tradicionais, por exemplo. Se observarmos os bairros nobres de Porto Alegre, como o Bela Vista, Petrópolis ou Jardim Europa, todos contam com instituições de ensino renomadas na vizinhança. Também temos clientes que buscam opções compactas depois que os filhos saem de casa, pois já não necessitam de grandes espaços e querem locais com mais segurança e boa localização para aproveitar as facilidades nas proximidades.

E&N – Na hora de vender um imóvel de luxo, qual é a maior diferença para os corretores em comparação com empreendimentos de médio padrão?

Cruz – O cliente que compra um imóvel de luxo não se guia pela emoção, mas pela razão em função do grande investimento em qualidade de vida. O poder de decisão e de amadurecimento da ideia até a compra de um imóvel de alto padrão leva, em média, 180 dias. O tempo para vender é muito mais moroso por esses fatores. Enquanto uma imobiliária de luxo acaba vendendo sete ou oito imóveis por mês, as de tíquete mais baixo vão de 10 a 50 unidades mensais. No mercado de luxo, o corretor tem que ter fôlego, mas. quando vende, o valor de comissão é muito elevado.

E&N – Enquanto o mercado da construção civil passou por um período de queda, o segmento de imóveis de alto padrão se manteve estável. Hoje, apresenta-se como forma de investimento a longo prazo. Esse é um fator que impulsiona as compras dessas unidades?

Cruz – A cultura do brasileiro está muito ligada à questão de adquirir um imóvel próprio. Acreditamos que o imóvel de luxo é um investimento a longo prazo e tem uma valorização é impressionante. Empreendimentos lançados em 2007, com 400 metros quadrados, foram comercializados no valor de R$ 1,8 milhão. No ano passado, esses mesmos apartamentos valiam R$ 5,7 milhões. Então, em 12 anos, valorizaram 300% (sem descontar a inflação do período). Até dois anos atrás, como as taxas de juros eram muito altas, teve gente que vendeu seus imóveis supervalorizados para aplicar o dinheiro. Hoje, com a tendência de alta dos valores, muitas dessas pessoas estão buscando retomar os imóveis, uma vez que o aluguel se tornou interessante financeiramente.

E&N – Grandes incorporadoras também têm se voltado a imóveis de alto padrão. Como esse mercado funciona?

Cruz – Hoje, o mercado de luxo está bem competitivo com as grandes incorporadoras entrando na concorrência, mas também há incorporadoras boutiques focadas nesse nicho. Como a localização é a primeira coisa a se observar em mercado de luxo, a grande disputa entre as empresas se dá por quem consegue o melhor terreno para construir seu empreendimento. Então, tanto as grandes incorporadoras de capital aberto, quanto as empresas regionais buscam conquistar um endereço excepcional para depois conceber o empreendimento, acirrando o mercado.

E&N – Como Porto Alegre se situa em relação a outras capitais?

Cruz – Por muito tempo, Porto Alegre manteve o preço desses imóveis inalterados e abaixo da média nacional porque havia poucas opções no mercado de luxo. Um dos fatores para isso acontecer é a demora para começar a construir. A média nacional de liberação de um projeto é de quatro meses, enquanto aqui o tempo de aprovação leva cerca de um ano. Ou seja, enquanto outras capitais lançavam seus empreendimentos, estávamos parados.

E&N – Quais tendências podem ser observadas para 2020?

Cruz – Neste ano, com um grande número de lançamentos de valor agregado, a projeção é que os valores subam entre 25% e 35%. Essa tendência deve permanecer nos próximos quatro ou cinco anos. Com a queda nos juros e facilidade maior em adquirir crédito imobiliário, devemos ter uma forte demanda para o segmento no segundo semestre. Na One, projetamos mais de R$ 240 milhões de vendas em Porto Alegre para 2020.

Fonte: Jornal do Comércio

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